Se você tem QI alto, certamente você gosta da voz do Morgan Freeman, segundo descobriu a Universidade de Cambridge a partir da base de 58 milhões de usuários do Facebook.
E se abastece o carro por volta de 16h, tem grande possibilidade de gastar de 70 a 100 reais num supermercado logo em seguida, conforme apurou o Mastercard cruzando 65 bilhões de transações de 1,5 milhão de clientes.
Esse tipo de informação, sem causa e sem explicação, é típico da era do big-data, que permite armazenar e cruzar bilhões de dados disponíveis no mundo digital, deixados por todo mundo que digita ou clica alguma coisa, em computadores, tablets ou telefones.
Pela primeira vez, depois de 10 mil gerações, a humanidade pode não precisar mais de pesquisas, amostragens ou estimativas para descobrir o todo.
Pode ter a informação da totalidade, a partir do cruzamento de tudo o que é relevante ou irrelevante nos 2,5 exabytes de informação produzidos e armazenados a cada dia. Quase o mesmo produzido em todo o ano de 1986.
É uma revolução proprorcional à da descoberta do fogo ou do surgimento da agricultura, segundo a excelente matéria de capa da última Veja, do correspondente da revista nos EUA, André Petry.
Os textos dele são, quase sempre, nada menos que imperdíveis. Dos poucos jornalistas capazes de explicar o que é um algoritmo com a simplicidade de uma tuitada. E inferir conexões a partir daí que beiram a transcendência.
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