Contemplo o noticiário e percebo o desespero de editores, repórteres e articulistas por uma ética da punição:
- A advogada de campanha, agora ministra do TSE, pede vistas a perder de vista do processo que pode rejeitar as contas de campanha da presidente.
- O ministro do STF fatia a Lava Jato e tira casos da mão dura do juiz Sérgio Moro.
- A juíza que manda vasculhar a empresa do filho do ex-presidente é substituída.
- Relator no Senado também joga para perder de vista o julgamento do parecer do TCU contrário às contas da presidente.
- CPIs, como a da Petrobras, se encerram sem resultados práticos.
- Deputados e senadores manobram para que filhos e ex-assessores diretos do ex-presidente não sejam convocados na CPI.
- Acordos para evitar a cassação de Cunha entram no pacote para evitar o impeachment.
O tempo passa, o tempo voa, e se esquecem, como nós, que nosso país é o da ética do perdão, do conchavo, do acochambramento, do jeitinho para salvar os amigos.
Um Joaquim Barbosa ou um Sérgio Moro são exceção, não regra.
Fomos assim e sempre seremos.
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