Se os complexos Nixon e Getúlio eram personagens amargurados no limite de suas encrencas históricas, Nelson Mandela era a generosidade em pessoa. Inevitável para um roteirista fazer de sua humanidade o empuxo para contar o grande conflito histórico a que deu causa e solução.
Alguns meses depois de eleito presidente da África do Sul, ao cabo de uma grande engenharia política para acabar com o apartheid que o mantivera na prisão por 27 anos, ele resolve reanimar a decadente seleção de rúgbi do país.
Quer colocá-la em condições de vencer o campeonato mundial e fazer do time orgulho dos brancos uma alavanca de reconciliação com os negros, para unificar o país ainda cindido pelo preconceito.
Pode se dizer que o roteiro é mais do diretor Clint Eastwood do que do roteirista que assina, Anthony Peckham. Tem todas as tintas desse diretor de roteiros simples, enxutos e levemente tensos que encomenda a seus roteiristas as mesmas histórias de heróis decaídos tentando se levantar.
Morgan Freeman, quase que escolhido por Mandela, ganhou o Oscar de ator pelo papel. De 2009.
>>> Este é o terceiro lugar dos roteiros de comédias políticas que listo em ordem decrescente por meus critérios de preferência, como explico neste artigo.
Clique para ver os resumos opinativos dos demais:
Sétimo lugar: O Destino de Uma Nação
Quarto lugar: Invictus
Terceiro lugar: O Discurso do Rei
Segundo lugar: O Último Rei da Escócia
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