Se tem um filme em que o diretor e o roteirista correram alto risco de humanizar seu protagonista, é esse A Queda, de 2004, em que o humanizado é nada menos que Adolf Hitler, o símbolo de todo o mal na terra.
Mas o diretor Oliver Hirschbiegel e o roteirista Bernd Eichinger conseguiram a proeza rara de abordar o lado humano da trupe de generais nazistas e suas mulheres que cercava o ditador no bunker em que se decidiu a rendição por suicídio à invasão iminente pelas tropas soviéticas.
A intenção aqui, de alto coturno, é refletir até que ponto seres humanos comuns como nós foram capazes de tanto ódio e atrocidade contra seus iguais.
Nesse sentido, mostrá-los em seu desespero para salvarem-se e a suas famílias era matéria prima indispensável.
Indicado ao Oscar de filme estrangeiro, consagrou o ator suíço Bruno Ganz no papel. Muito por causa da cena de fúria com o oficialato que, dublada conforme o interesse, alimentou os mais variados memes sobre fracassos.
>>> Este é o terceiro lugar dos roteiros de comédias políticas que listo em ordem decrescente por meus critérios de preferência, como explico neste artigo.
Clique para ver os resumos opinativos dos demais:
Sétimo lugar: O Destino de Uma Nação
Quinto lugar: A Queda
Terceiro lugar: O Discurso do Rei
Segundo lugar: O Último Rei da Escócia
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