Charles Chaplin arriscou a fama de gênio absoluto das comédias mudas para se aventurar numa comédia política proselitista, digamos assim, contra o nazismo.
No seu primeiro filme falado, o inventor de Carlitos parecia querer deixar uma mensagem de paz na boca de Hitler, que é, a meu ver, o ponto desnecessário da comédia.
The Great Dictator de 1940 se passa na Primeira Guerra, mas é pura sátira aos delírios de Hitler antes de se saber do estrago que ele faria nos cinco anos seguintes, no pior da Segunda Guerra.
Alemanha é Tosmânia, seu homem de propaganda, como Goebbels, é Garbich, seu sócio em invasões, como Mussolini, é Napolini.
O roteiro meio estrambótico coloca um barbeiro parecido com o ditador (o mesmo Chaplin) que perdeu a memória, entra numa rebelião e vai, por acidente, assumir sua identidade.
Para fazer o discurso apologista da paz, fora do lugar, no final.
A cena em que brinca com o globo terrestre, como se o mundo fosse seu, é das icônicas do cinema.
>>> Este é o décimo dos roteiros de comédias políticas que listo em ordem decrescente por meus critérios de preferência, como explico neste artigo.
Clique para ver os resumos opinativos dos demais:
Décimo lugar: O Grande Ditador
Oitavo lugar: Ele Está de Volta
Sétimo lugar: Luar Sobre Parador
Sexto lugar: Mera Coincidência
Quarto lugar: Segredos do Poder
Primeiro lugar: Muito Além do Jardim
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