Em 2011, Adolf Hitler, o próprio, acorda num terreno baldio em Berlim, próximo do bunker onde teria se matado, no final da Segunda Guerra, segundo os livros de história.
Estranha que a sua Alemanha esteja mudado, que seu partido não existe mais, que uma mulher “carismática como um macarrão cozido” esteja no comando.
É confundido com um comediante em crise de identidade e cai nas mãos de produtores de TV que querem aproveitar a rápida celebridade que ele vai adquirindo à medida que caminha e defende na rua seus pontos de vista.
O homem que usou o cinema e a propaganda para alavancar seu regime vai perceber o poder da televisão. E, enquanto seus novos tutores se divertem e ganham com a descoberta, ele vai aproveitando a fama e arranjando um jeito de restaurar o regime que produziu a Segunda Guerra.
O filme alemão Er Ist Wieder Da, de 2015, roteiro de Mizzi Meyer e de David Wnendt, com base no seu livro do mesmo nome, explora a mesma ingenuidade e preconceitos do povo alemão que, hoje como na década de 30 do século passado, alimentou o nazismo.
Impressiona que, ao andar por praças e parques vestido a caráter, na parte documental do filme, o ator Oliver Masucci tenha se surpreendido com o o apoio popular real à figura.
Muitos populares pedindo selfies para denunciar a imigração, reclamar da bagunça do país e reivindicar um governo forte com o seu.
>>> Este é o oitavo dos roteiros de comédias políticas que listo em ordem decrescente por meus critérios de preferência, como explico neste artigo.
Clique para ver os resumos opinativos dos demais:
Décimo lugar: O Grande Ditador
Oitavo lugar: Ele Está de Volta
Sétimo lugar: Luar Sobre Parador
Sexto lugar: Mera Coincidência
Quarto lugar: Segredos do Poder
Primeiro lugar: Muito Além do Jardim
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