O que não dá para entender nos protestos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a dois dias das manifestações convocadas pelas redes sociais:
1. Como pode uma militância sair às ruas para defender e ao mesmo tempo combater o governo? Querem preservar a presidente, mas derrubar sua política de ajuste do país?
2. Para que tanto gasto de energia, tanta mobilização em defesa da Petrobras, se o necessário para isso já foi feito: prisão e julgamento dos corruptos? Se a própria presidente já trocou até a presidência para virar a página?
3. Se não pode peitar o governo e nem defender um discurso coerente, por que acha que vai convencer a sociedade atacando-a? Por que acha que funciona acusar a maior parte da sociedade mobilizada do outro lado de elite golpista?
4. Se o principal marketing de um evento como esse é a adesão espontânea, por que a entidade resolve contratar militante – até um africano, segundo O Globo – e cobrir despesas de transporte e comida? Acha que a imprensa não vai explorar isso?
5. Considerando que precisa pagar militância para ir às ruas, por que a decisão de fazer um protesto a dois dias da mobilização convocada pelas redes sociais, e correr o sério risco de comparação?
PS – Sim, a CUT faz sua luta política e, como todos os movimentos sociais, tem a ilusão de que a sociedade que ela quer mudar vai entendê-la. O problema é que a sociedade que ela quer convencer já descobriu seus próprios meios de mobilização.
Leandro. diz
Fácil comentar seu ponto de vista direitista da elite paulista que não sabe o que se passa no Brasil. O que estão querendo é apoiar um golpe militar sem justificativa, e estão fazendo uma pressão de crise porque a elite precisou distribuir tanto dinheiro… Precisamos é parar de reclamar e ajudar ao país crescer…. A burguesia paulista está acabando com o Brasil, isso fim. Bom, é minha opinião.