Marta Suplicy aparteou José Sarney, no Senado, hoje, para corrigi-lo sobre o que ele estava certo. Dilma deveria ser chamada de presidenta e não presidente. Ele foi só elegante, dizendo que a gramática admite os dois, mas deveria ter dado um chega para lá nessa outra bobagem politicamente correta, que tem mais a ver com alinhamento político do que com gramática.
Meu amigo Márcio Metzker, ex-editorialista, que tem um texto magistral, dá a melhor explicação sobre o que é correto no tratamento:
“Acabamos de entregar a um merecido descanso um presidente que tropeçava bastante
no vernáculo, mas nunca teve o machismo de se intitular “presidento”.
Dilma é capaz de governar sem precisar inventar palavras. Sem querer ser chato na gramática,
peço-lhe que considere que, na língua portuguesa, existem os particípios ativos como derivativos verbais.
O particípio ativo de o verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente,
o de presidir é presidente. Será que Dilma, quando estudante, dizia-se estudanta?
Quando tinha 13 anos, proclamava-se adolescenta?
Quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo,
há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não “presidenta”, independentemente do gênero masculino ou feminino.
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