Tudo indica que o ex-presidente Lula nunca teve um padrão para cobrar por suas palestras, sobre as quais começam a surgir suspeitas.
Fernando Henrique Cardoso e Bill Clinton, que inaugurou a modalidade de faturamento por ex-presidentes, cobravam um fixo de 150 mil, reais um e dólares o outro.
As de Lula variaram de R$ 250 mil a R$ 850 mil, média de R$ 380 mil considerando-se as 70 palestras da lista de 41 empresas que lhe pagaram R$ 27 milhões em quatro anos, segundo lista divulgada pelo Instituto Lula.
Dependendo do tempo, como os 29 minutos da palestra no estaleiro Quip, fornecedor da Petrobras, chegaram a até R$ 13 mil por minuto.
Podem variar conforme o perfil da empresa, mas seu problema parece estar no fato de que parte delas o contratou antes ou depois de receber boladas do BNDES ou obras da Petrobras ou em países por onde ele passou palestrando.
Além de coincidirem no fato de terem feito grandes doações para o PT e as campanhas de Dilma: Ambev, Itaipava, Odebrecht, Carmargo Correa, OAS.
Empresas, como se sabe, não dão almoço de graça. Seja a FHC, seja a Clinton. Certamente que visavam algo mais do que a educação política de seus funcionários, no que o palestrante é mestre. O problema é Sérgio Moro entender isso.
Se ele considerar, como no caso de José Dirceu e outros, que não houve serviço prestado ou alguns casos foram disfarce para pagar tráfico de influência, ele pode passar aperto. Muito aperto. Se já não está passando.
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