Do que tenho lido, ouvido e refletido sobre o ataque ao Charlie Hebdo:
1. Muçulmanos não são terroristas, mas a maioria dos terroristas é contingencialmente muçulmana. Em briga declarada – e agravada depois do 11 de setembro – com o Ocidente.
2. Assim como a civilização ocidental produz malucos que disparam dentro de escolas ou traficantes que chacinam famílias, parte do Oriente medieval gera malucos capazes de qualquer coisa em nome de uma deturpação da palavra de Deus.
3. Orientais são mais intolerantes com o Ocidente do que o contrário. É possível ver mesquitas em países católicos e não é possível ver igrejas católica em países islâmicos.
4. Muçulmanos têm o direito de transitar livremente pela Europa, mas devem se adaptar ao modo de vida ocidental e não o contrário. Da mesma forma que ocidentais em visita ao Afeganistão devem se comportar segundo os costumes de lá, e não o contrário.
5. A Europa pode estar sendo mais tolerante do que deve com os desvios de algumas comunidades, em expansão, que professam valores orientais às vezes incompatíveis com o modo de vida ocidental e cevam inimigos desse modelo ou mesmo aprendizes de terroristas. Na Inglaterra, autoridades policiais andaram fazendo vistas grossas a algumas comunidades que maltratavam crianças, segundo seus costumes. Impressiona a liberdade com que células jihadistas atuam e doutrinam jovens na França.
6. O Charlie Hebdo é produto dessa miscelânea e operava no limite da provocação. Tem todo o direito. Mas, sabendo do campo minado, deveria manter em sua sede um aparato bélico de defesa proporcional ao tamanho de seus ataques.
7. Há críticos contra culpar a civilização por atos isolados e críticos contra culpar individuos pelo mal estar da civilização. Como julgar? Toda análise é precária. Melhor falou o advogado Vincent Olivier sobre um dos suspeitos, aliciado por uma célula islâmica que recrutava jovens na França para ir combater no Iraque contra americanos:
— Ele era um aprendiz de perdedor, um garoto de recados com um boné, que fumava haxixe e entregava pizzas para comprar drogas. Era um rapaz perdido que não sabia o que fazer com a sua vida, e que, um dia, encontrou pessoas que o fizeram se sentir importante.
PS – O combate ao terrorismo não pode ser responsabilidade só do Ocidente. Autoridades de estados islâmicos se queixam de islamofobia, que há preconceito contra muçulmanos no Ocidente, mas não consta que participem do esforço conjunto para combater o terrorismo que os denigre.
Deixe um comentário