Sobre o Oscar:
1. Só me pareceu injusto o prêmio de diretor para Tom Hooper, de O Discurso do Rei. É uma direção convencional, calcada no duelo de dois grandes atores. O merecedor seria Darren Aronofsky, de Cisne Negro, que fez um filme arrebatador e instigante ao fazer tanto a atriz quanto a personagem de Natalie Portman visitarem o seu lado negro.
2. Foi o Oscar da superação. Todos os filmes são de pessoas num esforço estupendo para se superarem, como o rei gago , a bailarina desesperada de Cisne Negro, o lutador obcecado de O Vencedor e o nerd ambicioso de Rede Social. Todos têm a ver com a América e com talvez o momento que vive a América. E talvez explique por que REde Social foi rejeitado dos prêmios nobres. Retrata um modelo de superação inescrupulosa, que os votantes (Narciso e o Espelho) podem não ter gostado.
3. Todo ano vem a chatice dos críticos dizendo que a festa foi monótona e cafona. Não dá para saber o que eles entendem como o contrário disso. Não tem jeito de ser de outra forma para uma festa que deve se resumir a chamar os agraciados e entregar-lhe uma estatueta. E Hollywood, de qualquer forma, apenas exibindo seus trunfos, passados e presentes, já é um espetáculo suficientemente prazeroso de de se ver.
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