O problema do candidato Aécio Neves até agora é não parecer uma alternativa ao governo Dilma, mas uma continuidade melhorada dele.
Por medo, vontade ou avaliação de oportunidade, não consegue oferecer propostas que marquem diferença, como a redução de Ministérios ou o combate à corrupção e à fisiologia, por exemplo.
Seu marketing político, se é que já tem um, não consegue fugir pauta da candidata do Planalto ou prometer mais do mesmo.
Na sabatina desta quarta-feira com jornalistas da Folha de S. Paulo, UOL, SBT e rádio Jovem Pan, ele voltou a prometer:
1. Aprimorar e ampliar o Bolsa-família, de forma a induzir a qualificação escolar dos beneficiados.
2.Aperfeiçoar o Mais Médicos, de contratação dos médicos cubanos.
3. Rediscutir o modelo de exploração de petróleo que dificultou investimentos internacionais.
4. Garantir controle da inflação sem impedir o crescimento.
5. Enfrentar o déficit público, principalmente previdenciário, com medidas paliativas à espera do crescimento econômico.
Foi no tema da corrupção, porém, que mais ficou no campo dela, pautado pelas acusações da campanha adversária de compra de votos para a reeleição de FHC. Na única oportunidade em que poderia ter se mostrado diferente, negou declarações dadas a empresários paulistas de que tomaria medidas impopulares, se preciso.
Nesse compasso, é bem possível que o eleitor esteja preferindo, até agora, o original à cópia. Ninguém há de duvidar que a candidata do governo tenha as mesmas preocupações, os mesmos propósitos ou capacidade para mudar esse arroz com feijão.
As pesquisas estagnadas até agora mostram isso. Quando — e se — ele vier a anunciar propostas mais fundas a partir do programa eleitoral na TV, no meados de agosto, o quadro talvez possa mudar.
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