Jober Chaves Azevedo, conhecido por suas aventuras comerciais como “Indiana Jober Jones” foi o maior colocador de faixas do país.
Alavancou o seu negócio de 19 franquias de cursos de inglês em São Paulo infestando a cidade de faixas: “fale inglês em oito semanas”. Havia trazido o método americano Accelerating Learning para o Brasil depois de quebrar a cara em vários negócios e querer ele mesmo aprender inglês para dar certo na vida.
Por um bom tempo, brigou quase a tapa com a Prefeitura para colocar de manhã as faixas que os fiscais tiravam à noite. Perdeu a parada quando a prefeita Marta Suplicy passou a pagar a cada fiscal por faixa arrancada.
Perdeu tudo o que tinha, se endividou, passou a amarga experiência de enrolar cobradores sem poder encarar os filhos e aprendeu na carne duas lições que viriam a a fazer toda a diferença na sua vida de empresário bem sucedido dali pra frente.
A primeira foi um sentido visceral de vingança que aprendeu a nutrir em cada queda. E que resumiu na palestra com que encantou entre gargalhadas a plateia do seminário de marketing digital da Fórmula de Lançamento, de que participei no último fim de semana, em São Paulo:
– Eu vou me vingar. E sabe qual é a minha vingança? – pergunta aos inimigos hipotéticos como a prefeita que acabou com seu negócio, para responder em seguida: – Eu-vou-dar-certo!
A segunda, de tomada de posição, foi a de que não se pode construir um império em cima uma relação sem troca, como a que se dá na comunicação unilateral por faixas. Eu emito minha mensagem e você a pega, se interessar.
Esse ponto de virada ainda o levou a cometer um segundo erro, que foi comprar uma lista de 12 milhões de emails, achando que estava fazendo conexão. Na verdade, estava fazendo pior do que a relação estabelecida com seus potenciais clientes através de faixas, porque o email que não foi pedido pelo destinatário ofende mais que a faixa e não entrega resultado.
Foi só quando descobriu nos EUA o embrião do que seria a Fórmula de Lançamento brasileira, adaptada por Erico Rocha, que começou a ter o pé da situação. O sistema, que propõe ferramentas eficientes de relacionamento, começou a lhe trazer resultados consistentes e a lhe provar que a sustentabilidade do seu negócio passa por melhor conexão com seus clientes.
A Universidade do Inglês, que ele criou, desabou e renasceu das cinzas enfatizando o relacionamento antes de tudo, já atendeu mais de 20 mil alunos desde então, só cresce, e é uma das melhores provas de que o spam – a mensagem de email impessoal remetida em massa sem ser pedida – foi um dos maiores equívocos da geração que achou que iria usar a internet para negócios.
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