O novo ministro da Fazenda Nelson Barbosa, com suas tentações estatistas, está para Dilma como Dilma está para Ernesto Geisel.
O mais duro dos presidentes da ditadura tinha grandes afinidades com o setor energético e amava a Petrobras que dirigiu com pulso de ferro para trucidar e inviabilizar a cooperação privada.
Alguns artigos bem consistentes já fizeram o inventário das afinidades da presidente com a filosofia política do ditador e seu projeto econômico, nacionalista, dirigista, protecionista, síndico de um regime intervencionista que controlava preços artificialmente, manipulava contas públicas e se endividava sem controle para fazer grandes obras.
Que também, não por acaso, gerou desequilíbrios como os de hoje e a pasmaceira econômica que paralisou os anos 80, a chamada década perdida.
(Nunca se esquecer que a reserva de mercado na informática, que atrasou o país em 20 anos, foi obra de ideólogos de esquerda em conluio com os militares neuróticos com uma teologia da segurança nacional.)
Curioso como que o pensamento de esquerda, tão à frente das lutas pelas liberdades no campo político, seja tão conservador, reacionário e ditatorial no plano econômico.
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