A essa altura, não tem conversa mais inútil, ingênua e de certa forma farisaica do que esta de que a presidente Dilma Rousseff está sendo condenada sem crime ou por um crime pequeno — as “pedaladas fiscais” — como o atraso do pagamento da fatura de um cartão de crédito.
Sim, ela está.
Os deputados estão decidindo politicamente, como é do direito deles. Como decidiram pelo impeachment de Fernando Collor de Mello, em 1992, em cima do recebimento um tanto irrisório de um Fiat Elba.
Em defesa deles, pode-se dizer que os aliados da presidente, no Congresso, nas ruas, nas redes sociais, também não a defendem por razões legais.
No fundo ou, sei lá, na superfície mesmo, são suficientemente informados de que ela está sendo condenada pelo conjunto da obra, que inclui:
- a desestruturação do edifício fiscal do país construído a duras penas para que prefeitos e governadores não cometessem lambança a cada fim de governo,
- a degradação das contas públicas, que arrebentou a capacidade de investimento do governo,
- a inoperância para alavancar as obras de infra-estrutura, por preconceito ideológico que afastou os competidores,
- a quebra do sistema produtivo, por um sistema de subsídios suicida e uma política equivocada de financiamento ao consumo,
- a incapacidade de convencer o Congresso a tocar as reformas necessárias,
- a leniência com a corrupção que vem desde seu comando no conselho fiscal da Petrobras e acabou no financiamento de suas campanhas por dinheiro ilegal,
- as manobras para obstruir a Justiça, que incluíram a nomeação desastrada para fazer Lula ministro de forma a tirá-lo do julgamento em primeira instância.
O que os mobiliza é a falta de legitimidade de seus acusadores — ela não é pior dos que a julgam — e o velho sentimento primitivo de nossa cultura política de que as intenções valem mais do que as leis.
Se ela quebrou regras de responsabilidade fiscal e de obediência a um Orçamento aprovado pelos representantes do povo, para colocar comida no prato do pobre, como vende sua propaganda, é justo.
Se facilitou demais as coisas na Petrobras para alavancar obras e fortalecer a base política no Congresso, tudo bem.
Se fraudou as eleições por uma missão maior de destronar as elites com suas próprias ferramentas, como acredita e é do ideário de seu partido, é mais do que razoável.
Estivéssemos na Suíça, na Inglaterra ou nos Estados Unidos, onde o contrato social está acima dos indivíduos e o poder das leis acima da cordialidade, é possível que ela tivesse saído há mais tempo e seu tutor nem chegasse a considerar a possibilidade de virar ministro.
E nossos políticos, juízes e eleitores estariam votando mais e falando menos.
Partido: Brasil diz
Não existe interesse pessoal naqueles que são contra o impeachment ??? É cada comentário que rolo de rir… Não quero tentar convencer ninguém, principalmente por saber que no fundo todos nós somos ferrados. Não sou da elite, sou pagador de impostos, que os políticos costumam desviar pra comprar votos, não to nem aí pra esses caras de partidos de direita ou esquerda, mas vem dizer que não existe interesse pessoal naqueles que são contra o impeachment, diga isso pro novo MINISTRO DO COMÉRCIO DE DEPUTADOS, talvez ele te ouça e saia do hotel em Brasília, volte pra casa e fique esperando a PF chegar. Chega de achar que PT é melhor que outros partidos, não é! Assim como os outros está recheado de bandidos, está claro isso. Tá provado, tá gravado em alto e bom som. Pare de defender bandido.
Luiz Bento Pereira (@BentoMingoi) diz
Não existe interesse pessoal naqueles que são contra o impeatchment, existe apenas uma consciência de que 54 milhões de eleitores puseram o PT no poder e qualquer um sabe que o poder executivo federal está sozinho nessa empreitada, contra a maioria esmagadora do congresso de deputados federais e senadores que são da direita conservadora e sempre detestaram a ideia de dividir o poder com o PT. O Pmdb como maior partido da história daqueles que gostam de ficar no poder, mas sempre em cima do muro, negociou, mas provocou revolta nos outros partidos de aluguel de direita raivosa que ficaram fora do Bolo. A Dilma, com menos jogo de cintura que Lula, não soube negociar, não gosta disso e provocou a furiia de Ronaldo Caiado, Jeferson, Bolsonaro, Maluf, etc. Quando o PT começou a distribuir dinheiro no varejo via bolsa família, financiamento do BNDEs para pequenos empresários e outros benefícios, provocou mais revolta ainda, pois com isso ela estava secando o poço de outro dos corruptos, o caixa, onde eles desviaram dinheiro pra corrupção ficou menor e assim e por causa disso, exclusivamente por causa disso, o golpe foi desenhado. Obvio que iniciaram o processo de desmantelamento do governo com uma certa eficiência e o Juiz Joaquim Barbosa, deu o ponta pé inicial, mas perdeu o pique porque sobre ele caiam muitas acusações de corrpção e agressão à esposa, ai mobilizaram um juizinho de primeira instancia no Paraná, que ficou entusiasmado com a ideia, mas quando meteu a mão na cumbuca, chegou a um ponto que teve que tirar todas as cartas e a a Lava Jato, virou mão de gato, virou Lama a Jato, pois todos os políticos sem excessão receberam dinheiro e as maracutais das construtoras caíram por terra envolvendo nomes como Aécio, Alkimim e outras feras da direita raivosa. Agora o que estamos vendo, é uma presidenta imobilizada pela avareza e pouca vergonha na cara de políticos cara de pau, como esse Temer e esse traidor Jovair Arantes aqui de Goiás, que recebeu muita granda, como aliado do PT e agora cuspiu pra cima, encerrando sua carreira politica, a meu ver.
Luiz Bento Pereira (@BentoMingoi) diz
Ela está sendo ameaçada por bandidos. dos 38 que votaram pela continuação do projeto de impedimento, 35 são indiciados como corruptos. Vale lembrar que o impeatchment está em fase inicial e falta muita coisa para se consolidar. O voto a voto, tem que atingir um mínimo de 342 para aprovação e ir em frente pro Senado. Não vão conseguir. Alguns deputados do PMDB, uma boa parte já retroagiram e não votarão a favor do impedimento.
Rodrigo diz
E ainda conseguiram dividir o país, coisa que não aconteceu no impeachment de Fernando Collor, quando as pessoas se indignaram com a corrupção e se uniram pra tentar melhorar o país. Hoje muitos estão contra o impeachment da Dilma, única e exclusivamente por interesses pessoais e não coletivos como deveria ser. O atual governo criou um mecanismo de dependência dessa parte da população, deu o peixe mas nunca colocou meios para que pesquem com o próprio esforço. Agora uma grade, um “muro de Berlim” em frente o congresso, o que ilustra bem a divisão que conseguiram, infelizmente, implantar no Brasil. Estou confiante e espero que isso acabe logo. Pelo bem de todos, todos mesmo, essa senhora e sua facção criminosa precisam ser afastados. Eles não tem condições morais nem intelectuais para sair do abismo, acho que nunca tiveram. Já irão tarde!
Alessandro diz
Capone não foi condenado pelos assassinatos nem pelo trafico de bebidas, o pegaram por sonegação de imposto de renda, ou seja, neste caso o que importa é que justiça foi feita e o vagabundo foi tirado das ruas.