Dilma está rindo à toa, nadando de braçada.
Congresso e Judiciário fechados, não viajou e vem plantando notícia sem contraponto todo dia, desde antes do Natal, quando ganhou a decisão amiga do STF que jogou para o Senado do amigo Renan Calheiros a decisão sobre seu impeachment, caso aprovado na Câmara.
Indicou Barbosa para Fazenda e reuniu os governadores para quitar-lhes as dívidas em troca do empenho contra o impeachment.
Quando não tem um fato, ela ou seu primeiro ministro Jaques Wagner, promovido também a porta-voz, publica artigos, dá entrevistas, conversa com jornalistas.
Tomou até coragem para anunciar três projetos de lei para facilitar a vida de quem teve o azar de ser atingido pela Lei de Delação Premiada, que ela mesma havia dado ao país:
- Lei da Repatriação de Recursos — para limpar o dinheiro que foi transferido para as lavanderias fora do país.
- Lei da Leniência — para dar a empresas corruptoras do governo o direito de voltar a prestar serviços ao governo.
- Lei da Advocacia Intrometida — para dar ao advogado o direito de se intrometer no trabalho da Justiça desde o início do processo de investigação e não mais depois do indiciamento.
Sua única oposição séria é o PT, bradando contra suas medidas econômicas para ficar bem na foto com as bases. Mas, assim como a classe média perdeu o medo do partido, ela também.
Ao dizer na imprensa que o partido se lambuzou, o primeiro ministro estava afinado com ela. Os dois estão sabendo que, quanto mais se afastam dele e se aproximam da pauta da imprensa, mais melhoram na foto.
Lula deve ter ido à Brasília, não para apaziguá-los com seus liderados, como se informou, mas porque também está no caderninho dos dois a cada vez que seu partido faz das suas.
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