Próxima eleição não terá lugar para neófitos livres atiradores como eles, sem experiência, lastro político, base popular e discurso.
Não canso de me decepcionar com análises de veteranos como Merval Pereira, de O Globo, que ainda tentam encher as bolas de Hulk e Moro como alternativas sérias do centro perdido para as eleições de 22.
Por sete razões principais:
- Não vai ser uma eleição de neófitos, de livre atiradores. Tem que ter experiência.
- Os dois não têm lastro político. Antes deles, os partidos têm candidatos melhores e mais viáveis: ACM Neto, Maia, Mandetta, Doria…
- Hulk tem apoio dos mais pobres, mas não leva a classe média e a intelectual influente.
- Moro não tem apoio nem dos mais pobres, nem dos mais ricos e nem de amplos setores do establishment intelectual, imprensa incluída.
- O discurso de ambos está ultrapassado: a anti política e o combate à corrupção. Não serão temas da próxima eleição.
- Candidatos sem estrutura partidária, sem as duas classes e sem o discurso da hora não passam do primeiro debate.
- Hulk é arrumadinho demais. Moro é sem carisma demais.
Um milagre em favor deles seria uma campanha milionária e ultra competente, com, entre outras coisas, mecanismos de manipulação diabólicos como os utilizados na campanha de Trump por Steve Bannon e a Cambridge Analytica.
Hulk, com seu dinheiro e seus apoiadores na elite, pode até ter uma campanha assim. Moro, não.
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