Presidente junta o Centrão numa força política para fazer o governo andar e chegar forte às eleições de 2022. Mas terá Oposição pronta para a guerra.
Como se dizia no meu tempo, Bolsonaro fez barba, cabelo e bigode na lavada que deu na Oposição, a maior das eleições recentes na Câmara e no Senado.
Está com a faca e o queijo para dar enfim a seu governo a cara que, sim, Maia dificultou que desse.
Vai voltar a colocar na mesa, entre o bolo da cereja das reformas tributárias e administrativas, parte da pauta de costumes que Maia, influenciado pela esquerda, PT sobretudo, travou.
Goste-se ou não, vai-se ouvir falar de novo da lista com que se elegeu: armas, cassinos, escola sem partido, proteção da polícia versus direitos humanos, legalização de garimpos, regularização fundiária, etc.
Nem tudo, porque a nova composição do Congresso sinaliza mais conciliação e menos atrito com a opinião majoritária.
Se ele não atrapalhar, o governo deve andar e juntar o Centrão na principal força de centro direita nas eleições de 22. Mas vai, em contrapartida, encarar uma Oposição muito mais forte, no Congresso e nas ruas.
Diluída nas estratégias de Maia, com Bolsonaro politicamente fraco, ela preferia deixar que ele sangrasse por conta própria até as eleições.
Mas agora machucada, isolada e enfim unida, diante de um inimigo mais bem armado, tem poucas opções senão ir à guerra. Com sangue no olho.
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