Você é da geração que acredita em publicar um livro como única condição de crescer ou que é impossível ganhar ganhar dinheiro só com a arte da escrita?
Então, é urgente você conhecer a história de três dos mais respeitados e conhecidos milionários do marketing digital por aqui.
O que eles têm em comum?
Eles fizeram suas fortunas antes dos 30 com as mesmas técnicas para conectar milhões de pessoas, em seu site e em suas redes sociais.
Eles vinham de meios completamente estranhos à arte da escrita e nunca precisaram escrever mais que bilhetes e emails para tocar a vida.
Mas o principal, no que me interessa, é que tiveram que aprender a escrever, não apenas bem, já quase adultos, como primeira condição para alavancar suas presenças na internet e seus negócios.
O que me leva a três lições, que remetem a outras três, sobre como é possível ganhar dinheiro com a arte de escrever, no final deste artigo.
Que recomendo depois que você conhecer um pouco da história deles.
O roteiro de Érico
Érico Rocha era um jovem da informática e da matemática.
Tinha deixado o emprego bem remunerado num banco internacional, em Londres.
No início da internet no Brasil, estava numa encruzilhada. Fazia sucesso com um site de leilões de imóveis, mas não via dinheiro.
Começou a ver perspectiva financeira no meio digital quando criou um curso para ensinar a pesquisar imóveis na rede.
Ainda assim, não via grandes resultados.
Descobriu então Launch, a fórmula de lançamento de produtos digitais do americano Jeff Walker, que é capaz de vender tudo com indiscutível e insuperável eficiência.
Foi aos Estados Unidos, fez o curso, comprou os direitos para comercializá-la no Brasil, mas precisava saber escrever.
O pilar do mecanismo de Launch, que virou Fórmula de Lançamento aqui, é uma sequencia de vídeos longos com roteiro sofisticado de atração, cooptação, conexão e convencimento.
E ele nunca tinha escrito nada além de bilhetes.
No primeiro evento do Fórmula, de que participei em São Paulo, no final de 2012, ele contou que passou dias para arrancar o primeiro roteiro perfeito.
Ele não tinha qualquer dúvida que aquela competência iria fazer a grande diferença no seu negócio.
Que virou um encontro anual de hoje mais de 10 mil pessoas que compram seu curso por cerca de de R$ 5 mil por cabeça.
Se você quiser participar do grupo de 39 pessoas que se reúne com ele de vez em quando, o seu Mastermind, caso surja uma vaga e ele aceitar, você pagará até recentemente R$ 50 mil.
O livro de Raiam
Corta para Raiam Santos.
Por volta dos 24 anos, ele também estava numa encruzilhada.
Tinha deixado um emprego de 10 mil dólares em Wall Street, queimados com vida boa e mulherada em Manhattan, e estava de volta ao Brasil, de onde tentara fugir desde sempre.
Aos 14, era pobre e negro na favela de Vila da Penha no Rio de Janeiro, filho de um piloto da Varig, quando decidiu que iria para os Estados Unidos de qualquer jeito.
Queria ser e ter referências de negros bem sucedidos, que via no cinema e na TV americanos.
Não viver num país em que o único negro que via como referência de sucesso era o Jacaré do grupo de pagode É o Tchan, como disse numa entrevista memorável ao programa Pânico, da Jovem Pan.
Aprendeu a dançar pagode, mas antes que adentrasse por esse ramo, foi fazer intercâmbio na Flórida,
Vocação de atleta e de nerd, se destacou no time de futebol americano da escola pública e nas salas de aula.
Que lhe garantiu uma bolsa para a Universidade da Pensylvania, onde se formou em três faculdades, Letras, Relações Internacionais e Economia.
E deu em Wall Street, numa carreira de analista de investimentos no Brasil e na demissão quando a economia brasileira começou a fazer água, por volta de 2013.
De volta, trabalhou em bicos de comentarista de futebol americano, até no Sport TV, e caiu numa depressão de que só saiu com o primeiro livro da sua vida.
Sempre quis viver como escritor, mas, como maioria do ramo no Brasil, sabia que era ilusão ganhar dinheiro com a atividade no país.
Em termos, porém. Com a vocação para Letras, o faro para Economia e a visão de mundo da Relações Internacionais, foi pesquisar o que funcionava.
Leu meses de biografias para entender o que fez a diferença na vida das personalidades mais bem sucedidas em todos os tempos.
O resultado, depois de meses de leitura, tratamento psicológico e luta contra a vontade recorrente de parar, foi Hackeando Tudo – 90 Hábitos para Mudar uma Geração”.
O ebook de dicas valiosas para corpo, mente e bolso saudáveis, para se ler numa tarde, entrou desde o início na lista de best-sellers da Amazon Brasil, onde está desde então.
E dele para outros dois livros e uma carreira nas redes sociais que o projetou como consultor de cursos de até R$ 2,5 mil a inscrição, renda de mais de R$ 5 milhões anuais só no Instagram e um grupo de Mastermind como o do Érico, que custa R$ 40 mil por vaga.
Tinha passado por 83 países até 2019, como parte do trabalho que passa também por prospecção de relacionamentos.
Com uma mala de oito peças de roupa e laptop, que lhe permite saltar de Paris para Ucrânia, sem complicações, está estacionado agora na Rússia.
Onde posta vídeos sem camisa, para vender o que aprendeu na porrada.
Que pode ser possível ter dinheiro, sucesso e relacionamentos, desde que se faça as escolhas certas.
Como o caso de Érico, quando na encruzilhada e na lama, era escrever ou escrever.
Mas não escrever o que queria, fazer elucubrações mentais de pretensões literárias como tenta a maioria dos fracassados candidatos a escritor.
Mas escrever o que interessava a quem estava do outro lado da tela de suas redes sociais de 1,2 milhão de seguidores até o ano passado.
E depois, como continua sendo, dedicar a escrever a copy perfeita, primeira das condições para ter o sucesso que alcançou na internet.
Os artigos de Neil
Corta para Neil Patel
A encruzilhada de Neil Patel também foi por volta dos 16 anos.
Filho de uma família de indianos empreendedores, em Londres, tinha se metido sem sucesso em vários pequenos negócios de vendas, como peças de carro e aspiradores de pó.
Quebrou a cara na contratação de uma empresa de marketing para turbinar seu primeiro site, de empregos, que não lhe trouxe resultados.
Foi então que decidiu estudar marketing digital, se mudou para a Califórnia e produziu os primeiros grandes resultados para uma empresa de.. xxx
E dela para uma disparada que deu em quatro empresas milionárias, os maiores clientes do mundo – Amazon, Viacon, General Eletric – e presença nas principais listas dos maiores empreendedores mundiais da internet.
Ele é de longe a maior autoridade em tráfego orgânico do mundo, aquele em que você utiliza as estratégias certas para ser visto sem pagar.
De tal forma competente, que chegou ao Brasil, há quatro anos, desbancando a maioria dos sites nacionais nos primeiros lugares de rankeamento do Google. Disputando em português.
Quer dizer: ele não veio dominar a língua, ele veio dominar mais que os empreendedores nacionais os negócios que usam o português.
Se você pesquisar, por exemplo, “maarketing de conteúdo”, o texto dele aparecerá na terceira posição…
O mesmo ele consegue nos países e línguas em que vai entrando, em italiano, alemão ou espanhol.
É a mais reconhecida autoridade em tirar proveito das artimanhas do algoritmo da tentacular rede de pesquisas, um mistério que se modifica a cada dia em milhares de modificações anuais.
Chegou a nível de sofisticação, que percebe um conteúdo de qualidade honesto e o prioriza mesmo sobre um pago.
Não quer dizer que, pagando, você terá prioridade nas pesquisas, se seu conteúdo não for superior em volume de informação, qualidade do texto, tempo que segura o leitor, entre outros.
Em cima disso, Patel criou ferramentas poderosas – e milionárias – que vão além do algoritmo para perceber pontos e fortes e fracos de um site para ser percebido pelo mecanismo de pesquisa.
Usa inteligência artificial para perceber, por exemplo, pontos mais aquecidos de um site pelo tráfego do usuário.
Com o incremento de dados valiosos para anunciantes, como a quantidade de pesquisas e preço de leilão dos anúncios dos termos pesquisados.
Uma de suas ferramentas mais amadas, de acesso por assinatura, a Ubbersuggest.
Ela permite cruzamentos variados para se buscar a melhor opção de termos e expressões e seu custo benefício para produzir conteúdo de acordo com a demanda de pesquisas.
Avançou onde o Google não pode ir, como fornecer dados estratégicos dos resultados para fins de marketing.
Uma de suas extensões, instalada no navegador de forma gratuita, oferece a frente de cada resultado de pesquisa dados de volume, links e ??? que atestam a autoridade da resposta encontrada.
São ferramentas poderosas e milionárias, porque fazem a diferença entre estar ou não no topo do Google, a cada vez que você faz uma pesquisa. E a diferença hoje entre quem vai ou não vender.
O que isso tem a ver com escrever?
Sua história é como a dos maiores empreendedores neste ramo, mas ele caiu no meu radar sobretudo pela opção preferencial pela escrita.
Ele é o primeiro, talvez único e o mais convicto a fazer a defesa do texto longo e da escrita de qualidade como condição de sucesso.
Está a anos luz da corrente que prevaleceu até pouco tempo de que posts e textos deveriam ser curtos e rápidos para se ler em diagonal.
E que é ilusório tentar relevância na internet, onde milhões de textos relevantes são produzidos todos os dias. Só o Washington Post e a Folha de S. Paulo, juntos, produzem cerca de 500 mil diários.
Masa ele, que escreve três horas todos os dias, é capaz de convencê-lo, com suas maquinações geniais, que, apesar disso, é possível produzir conteúdo de relevância e ser percebido e achado na internet.
Ele assegura, contra toda onda em contrário, que não importa o tamanho. Mas a qualidade e a relevância.
E do quê e como, claro.
Escrever com qualidade para fazer diferença na vida das pessoas é a matéria prima do seu negócio, a mesma dos escritores que passaram uma vida achando que escrever não dá fama, sucesso e dinheiro.
Conclusão: escrever o que importa
O que, tudo somado, significa que:
1. Escrever dá dinheiro, desde que você escreva para a mensagem certa para resolver um problema objetivo de um público certo.
2. Escrever dá dinheiro se você utilizar as técnicas certas para atrair, conectar e convencer.
3. Escrever dá dinheiro se você utilizar a escrita como meio para atingir objetivos e não como fim de um produto artístico.
E os três maiores erros dos escritores de minha geração foram:
1. Pensar que apenas escrever livros era suficiente para fazer sucesso e fortuna.
2. Achar que as elaborações filosóficas da literatura sobre o sentido da existência eram mais importantes que atender a uma necessidade concreta do leitor.
3. Não utilizar a escrita para prospectar pessoas e ajudar a conduzi-las a seus resultados.
Foi não ver, em resumo, que a escrita era um meio, não um fim.
Como já escrevi em mais um artigo aqui, saber escrever meu deu tudo o que eu tenho, autoridade, carreira bem sucedida e bons salários em meus empregos.
Foi um meio, não o fim.
Publiquei livros, que não me deram fortuna, mas autoridade e respeito profissional, mas não consegui transpor meu sucesso profissional para o sucesso como escritor.
Queria o fim, não o meio. Ainda bem que procurei conciliar as duas coisas e não ficar esperando viver de literatura.
Só de um meses para cá, que opero para mudar meus paradigmas. O que faço mirando os exemplos de Érico, Raiam e Neil.
E recomendo que você faça o mesmo.
Deixe um comentário