Combate ao lockdown pode ter inteligência estratégica para agradar empresariado e se diferenciar de Lula em campo que ele não pode jogar.
Esse combate de Bolsonaro ao Lockdown, logo depois de ter baixado a guarda sobre máscaras e vacinas, tem um ingrediente de estratégia política de alguma inteligência na disputa com Lula.
Atrai e fortalece o apoio do empresariado, que andava traindo, num campo em que o petista não pode disputar. É onde mais pode se diferenciar dele.
Lula não combateria/combaterá o lockdown, porque não é politicamente correto nas atuais circunstâncias. Se defender, atrai mais antipatia do topo da pirâmide.
Talvez, continue calado a respeito porque não é de entrar para perder no campo dos outros.
Bolsonaro não costuma ser estratégico e inteligente politicamente, porque sanguíneo e um péssimo leitor de circunstâncias. Só um parvo como ele se teria posto contra todo o consenso nacional e mundial de combate ao Covid.
Mas se rende a ouvir quando não sabe o que faz. Sua campanha foi feita em cima de muitas coisas em que não acredita de fato — liberalismo, liberdade individual, combate à corrupção — porque ouviu de alguém que era conveniente.
Agora, lê-se que foi aconselhado a manter a guerra com os governadores contra o fechamento, que tem tudo para parecer negacionismo.
Mas está mais para estratégia.
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