Num dos primeiros episódios de Law & Order, de 1990, uma negra de um gueto novaiorquino é encontrada desmaiada, com indícios de estupro, e coloca a culpa em “tiras brancos”.
A polícia vai apurar, mas um negro líder dos direitos civis vê no episódio uma oportunidade de fazer seu discurso sobre a injustiça do sistema branco. Proíbe que ela deponha, porque não vê imparcialidade na polícia e se promove com os holofotes e a ira da comunidade negra.
Só que as provas não indicam estupro e que a moça pode estar escondendo dos pais alguma coisa errada que fez com o namorado. Polícia e promotores ficam travados de provar sua inocência, mesmo que possam estar certos.
Eletrizante e, como os primeiros episódios, dialético, nada ideológico ou panfletário. No final, num diálogo de enciclopédia, o promotor, também negro, do lado da lei, diz que o sistema é falho, mas não se pode destruí-lo.
Como é bom.
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