Em tempos de casamento real, de repercussões globais, é bom rever A Rainha, de Stephen Frears, roteiro de Peter Morgan.
Nele, é possível perceber que a realeza britânica não é algo inutil. É antes um contrapeso moral ao poder político que mantém o equilíbrio que as repúblicas tentam.
O filme flagra um momento crucial de cisão da rainha com seus súditos, quando se opõem a que a nora que detestava, Diana, tivesse os mesmos funerais dos reis. Teve que voltar atrás quando percebeu que, pela primeira vez, a vontade da rainha não era a vontade do povo e que, a partir daí, a existência da monarquia estava comprometida.
Interpretação insuperável de Helen Mirren, que levou um Oscar, e de Michal Sheen como o primeiro-ministro que tem que se equilibrar entre a vontade do povo e a autoridade da rainha, a quem deve obediência.
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