É outra sátira a Bill Clinton, mais sofisticada, que acabou mais dimensionada pela futrica sexual, por ter sido lançado em 1998, no meio do escândalo que iluminava a biografia de mulherengo incorrigível do ocupante da Casa Branca.
Trata das eleições primárias de 1992, em que Clinton fora lançado candidato democrata à Presidência. John Travolta faz o candidato fictício Jack Stanton, jovem, ambicioso, um tanto quanto sem escrúpulos e mulherengo ao extremo.
Foi baseado em um livro anônimo, Primary Colors, alavancado pela comparação com as estrepulias sexuais do presidente. Descobriu-se depois que o livro fora escrito pelo colunista da Newsweek, Joe Klein.
A história, que se passava também num estado sulista, tinha um painel de personagens que os comentaristas políticos não tinham dificuldade de identificar na equipe de Clinton.
O diretor Mike Nichols e a roteirista Elaine May o usaram para abordar o tema recorrentes do diretor, o fracasso dos sonhos de sua geração, que ensaiou no grande e denso A Primeira Noite de um Homem, de 1967.
O narrador aqui é o marqueteiro Henry Burton, em conflito com o seu trabalho de promover um homem, seu amigo e seu companheiro de geração, em quem não sabe se acredita.
>>> Este é o quarto lugar dos roteiros de comédias políticas que listo em ordem decrescente por meus critérios de preferência, como explico neste artigo.
Clique para ver os resumos opinativos dos demais:
Décimo lugar: O Grande Ditador
Oitavo lugar: Ele Está de Volta
Sétimo lugar: Luar Sobre Parador
Sexto lugar: Mera Coincidência
Quarto lugar: Segredos do Poder
Primeiro lugar: Muito Além do Jardim
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