A mensagem do papa Francisco pelo Dia Mundial das Comunicações, nesta semana, de que as redes sociais são dom de Deus, mas que os pais deveriam tirar computadores e tablets dos quartos, chegou tarde aqui em casa.
Aos 2 anos e meio, já recolheu mais informação que o imperador Adriano, Napoleão Bonaparte e muitos papas juntos. Só que na hora errada e no lugar errado:
— Péd, papai, péd.
— Isso é hora de ipad, filho?
— Que é esse, papai? Que é esse?
— Estegossauro?
— Gossauro?
— É.
— E esse, papai, e esse?
— Tiranossauro Rex.
— Nossauro Retes?
— É.
— E esse, papai? E esse?
— Triserátopo?
— Tisserapo-po?
— Vamos dormir, filho, vamos!
— Parabéns, papai.
— Tá na hora, vamos.
— Não.
Às vezes, é preciso certo esforço para decifrá-lo:
“Batiria cabou” significa que a a carga da bateria do Ipad acabou de esgotar. “Ternet ruim”, que a conexão da banda larga não está uma maravilha que lhe permita um bom fluxo de desenhos. “Flix nou bom”, algo como o serviço de streaming Netflix está lento devido a um problema, claro, de “ternet ruim”.
Estou esperando qualquer hora ele dizer que “papa tá elado”, sua impressão sobre a intromissão do Sumo Pontífice em assuntos mundanos sobre os quais ele já tem uma posição bem definida.
É a vida.
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