Impressionei meio mundo num post muito curtido no Facebook com a história de que fui atendido em menos pelo telemarketing da Amazon do Brasil, menos de 2 minutos depois de enviar um email. Por ironia do destino, um dia antes de ter que enfrentar fila na Receita para resolver um problema de 13º no Simples Doméstico que não podia ser resolvido em casa, nem através do site da Receita e nem do canal 146, suspenso no dia.
Cobrei melhores explicações sobre o pedido de dois livros impressos, não entregues por conta de configuração de minha conta, como última tarefa da manhã. Fechei o navegador, desliguei o computador e já ia me levantando quando o celular tocou.
Ligação de Seattle, EUA, prefixo 55. Temi um golpe, mas atendeu um rapaz de português perfeito embora lento, típico de quem era de outra nacionalidade.
Com um tipo de educação que até parece golpe para os nossos padrões de atendimento, explicou o problema, informou que um dos livros não estava mais disponível e que estaria enviando o link do segundo, para caso eu quisesse refazer a compra.
Me lembrei de que soube num curso de marketing digital de que companhias aéreas americanas contratam velhinhas de Wisconsin (por que diabos lá, nunca fiquei sabendo) para prestar informações a partir de seus telefones, em casa. Você desce na China, tem sua mala extraviada, liga e uma velhinha de Wisconsin de atende.
Também atendem pedidos do McDonalds. Você entra num drive thru, aperta o interfone, acha que está falando com um atendente dentro da loja, mas está sendo atendido em Wisconsin. A rapidez que me surpreendeu na Amazon pode ter a ver até com prêmios de agilidade. Quem pega a chamada primeiro, leva.
Agora leio, impressionado com a baixa repercussão na nossa imprensa, que a Gol decidiu contratar 30 pessoas para trabalhar em casa, na atividade pomposa de Home Office. Tomara que seja o início de uma tendência que comece em casa e termine em qualquer lugar onde se possa trabalhar com um laptop e um telefone, venham a ter a mesma agilidade e que as centrais sindicais não convoquem greve geral contra a violação de direitos trabalhistas.
Ou, pior dos mundos, as empresas de telemarketing dêem uma de taxistas querendo inviabilizar o Uber. Nesse país cartorial, como se sabe, o governo e os legisladores correm para salvar o capital à custa de infernizar a vida do usuário.
Ramiro Batista diz
Sim, tomara que vire epidemia.
Ramiro Batista diz
Perfeito. Somos um país pobre e jovem, que dispensa o trabalho dos jovens logo que chegam aos 60.
Ramiro Batista diz
Ok, Paulo. Obrigado pelo comentário. Vou tentar evitar essas escorregadas meio fora do contexto nos próximos. Abração.
Antonio de Pádua diz
Parabéns para todos que apostam na agilidade e competência do trabalho autônomo e na livre concorrência.
Divulgue mais, este fato pode sensibilizar outras empresas e quem sabe, até nosso desgoverno que está louco para criar umas vaguinhas de emprego….
Rodrigo diz
Acredito que o norte da matéria seja o home-office, mas vale ressaltar que a maioria dos funcionários da Disney também são da terceira idade.
Acredito que no exterior esse tipo de mão-de-obra é bem mais valorizada do que nas nossas terras.
paulosilva diz
Interessante a tendência…desnecessário o comentário direitista!!!