Aécio Neves salvo aos 30 da prorrogação em São Paulo. O ex-governador José Serra aceitou ser candidato ao Senado em decisão na madrugada desta terça, após rodadas de negociações no Palácio Bandeirantes.
Sem ele, a candidatura presidencial tucana ficava com um pé quebrado no Estado.
Até ontem à noite, acreditava-se que Alckimin estaria devolvendo o corpo mole que Aécio fez para Dilma em Minas, em 2010, mas com outros objetivos. Teria pretensão de ser o candidato tucano à Presidência em 2018.
Mas, segundo essa matéria da FSP, Serra havia se decidido por lançar-se candidato a deputado federal por não engolir o cortejo de Alckimin a um antigo desafeto, José Aníbal, e não ter tido ainda a garantia de que todos os pequenos partidos da aliança com o governador o apoiariam.
A soma de todos os erros mostra como o mineiro teve que gastar energia para plantar sua candidatura entre os companheiros de partido, no maior colégio eleitoral do país.
Houve um tempo, em que o candidato do sudeste gastava tempo tentando encontrar um candidato a vice de outro partido e do nordeste, de forma a ampliar base partidária, tempo na TV e voto da maior região pobre do país.
Desta vez, porém, com a opção pelo também tucano Aloysio Nunes Ferreira, teve que usar toda a sua capacidade de articulação para conseguir um vice dentro de seu partido e no próprio sudeste.
É um tremendo exemplo da pedra de Sísifo que ele vem empurrando para convencer de que é viável dentro de sua própria casa.
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