As agências internacionais distribuíram para os jornais e sites de todo o mundo essa foto (Reuters / Marco Brindicci) de uma explosão eletrônica numa tela de computador para ilustrar a descoberta, enfim, do “bóson de Higgs”. Que me parece tão esclarecedora quanto as matérias enviadas.
Tentando resumir, pelo simples prazer de escrever sobre o que não entendo:
Existe um túnel subterrâneo de 27 quilômetros na fronteira da França com a Suíça, onde os cientistas aceleram partículas quase na velocidade da luz e tentam simular a colisão de partículas que deu início à formação do mundo, há 15 bilhões de anos. Com isso, descobriram que o átomo não era a menor unidade da matéria. Na verdade, continha 12 partículas de matéria e outras 4 de força, produzida por aquela teoria de Einstein de que Energia é igual à massa vezes a velocidade da luz ao quadrado. Etc.
Só que não sabiam como que essas partículas, que não contém massa, se juntavam para formar o átomo.
Aí, há uns 50 anos, um sujeito chamado Peter Higgs presumiu que teria que haver uma outra partícula, um imã, responsável por atrair e fundir essas outras 16 partículas que dão massa a tudo que existe no mundo. Com o acelerador, colidindo partículas, acreditam ter confirmado hoje a tal bóson, a que faltava para atrair e fundir massa.
Quer dizer, os cientistas sabiam que, em determinado momento há 15 bilhões de anos, um milésimo de bilionésimo de segundo depois do Big Bang, algum fenômeno produto do acaso colidiu e produziu a primeira partícula que agregou as demais e produziu o primeiro e infinitesimal grão que deu origem a tudo.
Daí que esse bóson do tal de Higgs virou a “partícula de Deus”. Porque há um limite em que não dá para explicar tudo, que só um fenônemo acima de todas as explicações pode esclarecer a cadeia de coincidêncais que produziu a partícula, que gerou a ameba que deu no homem que um dia construiria aviões, cidades e um acelerador de partículas.
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